- Em Mensagem, o poeta Fernando Pessoa eternizou o sonho responsável pela fundação de Portugal: o Quinto Império.
- D. Sebastião foi possivelmente o último rei templário de Portugal.
- O Quinto Império será o reinado do Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
As ilhas afortunadas são o Brasil, cujo descobrimento custou a lágrima de centenas de portugueses.
O desejado ( ou encoberto ) é o Grande Monarca profetizado por São Francisco de Paula. Será o novo Carlos Magno, o homem que fará o Imaculado Coração da Virgem Santíssima triunfar.
Nossa Senhora salvou os filhos de Eva ao aceitar ser Nossa Mãe e esmagou a cabeça da serpente. Se Deus quiser, em breve, assistiremos ao triunfo da "mulher vestida de Sol": o dogma da Virgem Maria como Co-Redentora.
TERCEIRA PARTE DE MENSAGEM - O ENCOBERTO
- PRIMEIRO / D. SEBASTIÃO
Que Deus concede aos seus
Para o intervalo em que esteja a alma imersa
Em sonhos que são Deus.
Que importa o areal e a morte e a desventura
Se com Deus me guardei?
É O que eu me sonhei que eterno dura
É Esse que regressarei.
- SEGUNDO / O QUINTO IMPÉRIO
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz
Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa-- os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
- TERCEIRO / O DESEJADO
Jazas, remoto, sentete sonhado,
E ergue-te do fundo de nãoseres
Para teu novo fado!
Vem, Galaaz com pátria, erguer de novo,
Mas já no auge da suprema prova,
A alma penitente do teu povo
À Eucaristia Nova.
Mestre da Paz, ergue teu gládio ungido,
Excalibur do Fim, em jeito tal
Que sua Luz ao mundo dividido
Revele o Santo Gral!
- QUARTO / AS ILHAS AFORTUNADAS
Que não é a voz do mar?
E a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutarmos, cala,
Por ter havido escutar.
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.
São ilhas afortunadas
São terras sem ter lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando
Cala a voz. e há só o mar.
- QUINTO / O ENCOBERTO
Vem na aurora ansiosa?
Na Cruz Morta do Mundo
A Vida, que é a Rosa.
Que símbolo divino
Traz o dia já visto?
Na Cruz, que é o Destino,
A Rosa que é o Cristo.
Que símbolo final
Mostra o sol já desperto?
Na Cruz morta e fatal
A Rosa do Encoberto.